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Você sabe o que significa “win-win”? Em tempos de instabilidade global, essa expressão ganha ainda mais relevância.
Muito presente no vocabulário corporativo, o conceito tem raízes no pensamento colaborativo que começou a ganhar força nos anos 80, especialmente com a popularização do livro Os 7 hábitos das pessoas altamente eficazes, de Stephen Covey. Nele, Covey apresenta o “ganha-ganha” como uma mentalidade essencial para construir relações duradouras: não basta que um lado vença — é preciso que ambos cresçam juntos.
Essa ideia, à primeira vista filosófica, ganha contornos muito concretos quando olhamos para o cenário atual das cadeias de suprimentos. Em um cenário global marcado por oscilações cambiais, aumento de tarifas e rupturas logísticas, modelos baseados em vantagem unilateral se mostram cada vez mais frágeis e insustentáveis. A força, agora, está na colaboração.
É sobre isso que trata este artigo: como reduzir os impactos da variação cambial — especialmente do dólar — e construir relações mais equilibradas entre compradores e fornecedores.
E aqui vai um spoiler: a catalogação é uma das chaves para tornar isso possível.
Continue a leitura e veja como essa estratégia pode fortalecer sua operação e gerar valor mesmo em tempos de incerteza.
Catalogação como estratégia para reduzir riscos e ganhar eficiência
No último ano, o dólar apresentou oscilações significativas, pressionando os custos de importados e materiais atrelados à moeda americana. Em paralelo, disputas comerciais e o aumento de tarifas em diversos países reforçam um ambiente de incerteza para quem atua na gestão de suprimentos. Mas é justamente nesse contexto que a catalogação de itens se mostra uma solução estratégica.
A catalogação é o processo de padronizar, classificar e consolidar os itens comprados por uma empresa. Ela permite uma visão clara das demandas, facilita a negociação e promove maior controle sobre os gastos. Em um cenário volátil, como o atual, catálogos organizados funcionam como uma ancoragem: trazem previsibilidade, reduzem riscos e melhoram a eficiência nas compras.
Ou seja, ao falar de catalogação, falamos também sobre um terreno comum onde comprador e fornecedor se encontram: produtos padronizados, regras claras, contratos bem definidos e uma lógica de escala que beneficia os dois lados. O fornecedor tem previsibilidade de demanda, o comprador ganha poder de negociação. Ambos reduzem riscos e operam com mais eficiência.
Como a catalogação reduz o impacto da variação cambial
Depois desse contexto, talvez sua pergunta seja: como a catalogação reduz o impacto da variação cambial?
Vamos entender como isso funciona na prática:
Em um case recente, a Smarkets atuou junto a um grande grupo hospitalar para consolidar a demanda de uma categoria de itens que apresentava alta fragmentação de fornecedores e preços inconsistentes. Através da catalogação, foi possível estruturar contratos com valores fixados e negociados com base em volume.
O resultado? Um saving significativo mesmo com a alta do dólar. A padronização dos itens deu à Smarkets o poder de negociar em nome de vários clientes, consolidando volume e gerando ganho para todos os envolvidos.
Resumindo, empresas que possuem contratos estruturados com base em catálogos conseguem:
- Negociar melhor com base em volume consolidado;
- Travar preços com mais facilidade, aproveitando condições em momentos favoráveis;
- Ampliar previsibilidade, mesmo diante de flutuações no câmbio;
- Evitar compras emergenciais, que costumam ser mais caras e mais expostas às variações de mercado.
Na prática, o relacionamento de longo prazo com fornecedores por meio de catálogos organizados cria um ecossistema de confiança e eficiência. Isso abre espaço para estratégias como contratos de preço fixo, uso de hedge cambial, cláusulas de ajuste e pagamentos programados.
Estratégias complementares à catalogação
Além da padronização e organização de itens, que já contribuem significativamente para a previsibilidade de custos, existem outras estratégias essenciais para proteger a empresa dos impactos da variação cambial.
Em acordos B2B, especialmente em contextos de instabilidade global, a forma como compradores e fornecedores estruturam suas relações comerciais pode ser determinante para a saúde financeira de ambos. A seguir, listamos algumas práticas que, somadas à catalogação, ajudam a mitigar riscos e otimizar resultados:
- Contratos de preço fixo ou hedge cambial
Ao negociar contratos com preços fixos em moeda local ou com instrumentos de hedge cambial, a empresa reduz a exposição direta às flutuações da taxa de câmbio. Isso proporciona maior previsibilidade orçamentária e estabilidade nos custos de fornecimento, mesmo em cenários de alta volatilidade. - Acordos de longo prazo com fornecedores
Estabelecer contratos de longo prazo cria segurança para ambos os lados. O fornecedor ganha previsibilidade de demanda, enquanto o comprador pode negociar melhores condições de preço e prazo. Em tempos de dólar instável, isso evita reajustes frequentes e fortalece o relacionamento. - Cláusulas de ajuste cambial
Inserir cláusulas que autorizem a renegociação do preço caso o câmbio ultrapasse determinado limite evita que uma das partes seja excessivamente prejudicada. Isso garante equilíbrio no contrato e evita rupturas comerciais em momentos de pressão cambial. - Diversificação de fontes de fornecimento
Reduzir a dependência de um único fornecedor ou de uma única moeda é uma estratégia inteligente para mitigar riscos. Buscar alternativas em outros mercados permite aproveitar flutuações favoráveis de câmbio e minimizar impactos localizados. - Pagamentos antecipados ou parcelados com câmbio fixo
Antecipar pagamentos em momentos de baixa do dólar pode ser uma forma de garantir economia. Já os parcelamentos com câmbio fixado ajudam a suavizar o impacto no fluxo de caixa, oferecendo previsibilidade e controle. - Negociação em moeda local
Sempre que possível, negociar em moeda local reduz o risco cambial. Para fornecedores internacionais, essa prática pode ser compensada com outros benefícios contratuais, mantendo a relação vantajosa para ambos os lados. - Revisão contínua de contratos com base em dados atualizados
Monitorar periodicamente o cenário cambial e revisar os contratos conforme necessário garante que os acordos continuem competitivos e justos. A catalogação facilita essa revisão ao oferecer visibilidade clara sobre o histórico de compras, volumes e variações.
Quando uma empresa sozinha não tem escala para negociar com força, a solução é simples: junte-se a quem tem. Estar conectado a um ecossistema de compras estruturado, como o da Smarkets, permite alcançar melhores condições comerciais, fortalecer o relacionamento com fornecedores e manter o equilíbrio financeiro. É o verdadeiro modelo win-win em ação.
Evolução contínua: onde estamos com a catalogação
Na Smarkets, a catalogação é parte essencial da nossa solução de digitalização das compras. Atuamos com mais de 140 categorias organizadas e padronizadas, conectando nossos clientes a uma base ampla de fornecedores qualificados.
Essa estrutura garante escalabilidade, previsibilidade e eficiência — mesmo em contextos de instabilidade cambial, aumento de tarifas ou pressão por redução de custos.
Mais do que um recurso operacional, a catalogação é um instrumento estratégico de controle e inteligência. Ela viabiliza negociações mais justas, facilita decisões com base em dados confiáveis e fortalece a relação com fornecedores.
Quer proteger seu planejamento de compras das incertezas do mercado? Fale com a Smarkets e descubra como nossa solução de catalogação pode transformar a sua operação.
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